D'existência Involuntária

Quando eu nasci o Brasil ainda vivia sob uma ditadura. Felizmente consegui crescer durante a redemocratização do país. Durante minha infância vivi os governos de Itamar, Collor e Fernando Henrique. Atingi a maior idade no início do primeiro mandato de Lula! Então durante esse período consegui ter consciência de o que havia vivido na infância foi um tempo de escassez alimentar e de desassistência social, frutos da miséria que foi condicionada para nós. Com a eleição de Lula em 2002 e o início de seu mandato, pela primeira vez minha família conseguiu ter acesso a dignidade de fazer uma compra do mês  sem se preocupar em escolher os produtos mais baratos ou somente o que fosse essencial. E somente por essas razões eu já teria motivos o suficiente para ser grato ao Lula, mas além disso também tiveram políticas públicas emplementadas por seu governo, que não mudaram somente a minha vida, mas também a de várias outras pessoas que estavam em situação até pior que a da minha família. Viver...

Historicamente falando, é fato que o poder durante muito tempo esteve nas mãos do homem branco cis-hétero. Contudo, com o passar do tempo, essa porção da humanidade foi se percebendo como em menor quantidade no mundo. Devido a isso entenderam que necessitavam mudar a estratégia que vinha garantindo que o poder permanecesse em suas mãos. O dividir para conquistar já não estava mais funcionando, visto que os grupos criados estavam se reconhecendo como sujeitos de direitos. Isso aconteceu porque a quantidade de grupos que começou a se formar, se tornou maior do que aqueles que tem o poder em suas mãos conseguiam administrar. Logo, a melhor estratégia se tornou promover uma noção de pertencimento que desse a ideia de que uma parte de cada grupo poderia estar no mesmo lugar que, aqueles que tem o poder em suas mãos, estão. Com isso formou apenas um grupo, ou se pensar de outra maneira, formou-se apenas um feudo. E assim, que não está no feudo, está contra o feudo. Todavia, o problema em est...

Todo ser humano nasce com um vazio dentro de si, que vira um vórtice e vai lhe consumindo durante a vida. Para impedir que ele lhe oblitere, alguns o preenchem com vícios, outros com amores, outros com coisas. Mas de todas as péssimas opções que alguém pode escolher para lhe preencher o vazio, a pior é ter um filho! Serão colocadas muitas expectativas num individuo que nunca teve obrigação nenhuma de te preencher de propósito ou recompensas!!! Estamos chegando no fim da nossa existência enquanto seres vivos...acredito que colocar outro ser num mundo que só piora a cada geração é condenar um inocente as piores desgraças existentes nessa realidade massacrante que já vivemos. Me parece muito que para a maioria um filho é só uma distração daquilo que está certo para nós enquanto mortais, que é a certeza que estamos no fim. E ter um filho a essa altura do campeonato é a decisão mais egoísta, egocentrica e cruel que alguém poderia ter!!!