Sobre ódio/raiva, utilidade e escolhas.

 Durante muito tempo me perguntei sobre a qual era a utilidade do ódio/raiva, uma vez que sob minha lógica, entendia que era um sentimento nocivo e que em nada beneficiava o progresso de uma pessoa, sociedade e/ou existência.

Contudo, hoje tive epifania que me levou a querer escrever sobre.

O interessante do ódio/raiva é que ele provoca atitudes e move as pessoas, sociedade, existência, e por ai vai! 

Precisamos entender que até mesmo esse sentimento tem seu valor. É ele que nos tira da nossa zona de conforto, e nos pressiona a fazer algo que em outras circunstâncias não faríamos.

Acredito que a grande diferença está na escolha que fazemos em direcionar esse ódio/raiva para um local de avanço ou de retrocesso.

Para distinguir os locais de avança e retrocesso, podemos pensar no seguinte: Ancestralmente, o ódio/raiva era um sentimento gerado pela necessidade de sobreviver as ameaças constantes que nos cercavam. Mas essas ameaças eram de caráter imediato, e fugiam da nossa capacidade de prever consequências.

Atualmente, conseguimos gerenciar com maior eficiência as ameaças que nos cercam. Sendo assim, eliminamos o caráter imediato das ameaças. Contudo, elas ainda existem! Porém, com outra particularidade: a de melhora. Tanto como melhora individual, como coletiva da sociedade e mesmo da existência de tudo.

Sendo assim, minha perspectiva sobre a utilidade do ódio/raiva mudou. Hoje entendo que esse sentimento, se bem direcionado, nos mobiliza para a superação das adversidades da existência, nos faz questionar como a sociedade se estrutura e nos permite sermos indivíduos atuantes na alteração da realidade ao nosso redor para que, assim caminhemos em direção ao progresso de um mundo que seja bom para todos.

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