Sobre diálogos e argumentos

Reproduzo aqui o diálogo que tive com uma pessoa que tem uma visão oposta a que eu tenho, em vários campos da manifestação humana, referente ao crescimento do fascismo no Brasil. A pessoa está colocando o que é o fascismo para ela, e eu estou contrapondo suas argumentações:

"Fascismo" é governo que quer criminalizar e prender um pai ou uma mãe por darem palmadas nos filhos.

Não existe governo que tenha como propósito interferir na educação que pais e mães dão aos seus filhos. Mas estou falando de governos democráticos! A lei n. 13.010 que foi promulgada em 2014, tem como principal propósito proteger as crianças de agressão/violência física ou psicológica por parte de seus guardiões legais. Ela foi formulada para solucionar a grande quantidade de ocorrências de espancamento de crianças e adolescentes, que antes dessa lei eram extremamente recorrentes. Então, se você vê algo de negativo numa lei que busca proteger uma criança, acredito que precise rever seus conceitos de infância.

"Fascismo" é a Erika Kokay do PT criando uma lei onde adolescentes de que. idade pode mudar de sexo sem consentimento dos pais: o governo faria isso por ele DE GRAÇA...

Primeiramente, precisa-se deixar claro que LEIS SÃO VOTADAS. As leis não são impostas! Se a lei será aprovada ou não, depende muito de quem está representando a sociedade, tanto na Câmara de Deputados, quanto na Câmara de Senadores.
Agora, quanto ao Projeto de Lei 5.002 de 2013, ele dispõe sobre a alteração de gênero em documentos oficiais, quando a pessoa transgênero ou intersexual necessita que seja feita a alteração. Somente! A lei ainda garante que para ter acesso a esse direito, a pessoa não necessita fazer a cirurgia de afirmação de sexo, que é a cirurgia que é realizada para redesignar a configuração genital de acordo com o gênero ao qual a pessoa se reconhece, afirmando assim sua identidade, enquanto indivíduo capaz de discernir sobre isso. Ou seja, essa lei não dispõe sobre a cirurgia! E sim, sobre a alteração da identificação de gênero nos documentos oficiais. E somente será realizada a alteração para menores de 18 anos, caso o indivíduo sinta-se lesado perante seus direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ou que assim a Justiça o entenda. E, SIM! Isso será feito gratuitamente.

"Fascismo" é gay exibir o pênis para fazer xixi em banheiros de mulheres...PROTEGIDO PELO GOVERNO!!!
Aqui faz-se necessário esclarecer que existe diferença entre GAYS, e PESSOAS TRANSGÊNERO. Gays são homens que sentem afeto e desejo sexual por outros homens. A isso damos o nome de Orientação Sexual, devido ao fato de que a pessoa se orienta pelo seu afeto e desejo sexual para definir com quem se envolverá, tanto afetivamente, como sexualmente. Nesse caso, essa orientação sexual é identificada pela palavra HOMOSSEXUAL! Que também se estende as mulheres que sentem afeto e desejo sexual por outras mulheres. Sendo a palavra gay, utilizada para se referir apenas aos homens homossexuais.
Quanto ao entendimento do que é uma pessoa transgênero, precisa ficar claro que aqui estamos falando de IDENTIDADE DE GÊNERO, que é como a pessoa se identifica dentro das construções de padrões dos gêneros já estabelecidos socialmente.
Dizer que uma pessoa que não deseje passar pela cirurgia de afirmação de sexo, e mesmo se identificando como mulher, e tendo como orientação sexual a homossexualidade, acessaria um banheiro feminino para expor sua genital é uma ideia completamente equivocada. Isso devido ao fato de que sua genital já é a causa de um conflito perante a forma como essa pessoa se identifica socialmente, sendo a última vontade dela, expor sua genital a outras mulheres.

"Fascismo" são professores alfabetizadores (militantes do LGBT) ensinando sexo para crianças com a desculpinha de prevenção à homofobia (aliás, "HOMOFOBIA" é o psicopata que mata gays, não o sujeito que diz "não" para o gay que se interessa por fazer sexo com ele!!!).
Primeiramente, acredito que ensinar um indivíduo que tem capacidade intelectual de compreender o que é uma relação sexual, a como proceder seguramente numa situação onde coloque seu desejo em prática, é algo benéfico. E não nocivo! Visto que quando esse indivíduo tem informações baseadas num entendimento científico como a necessidade de preservar sua saúde, evitando contato sexual de risco, fazendo sexo sem utilizar preservativos, ele além de evitar doenças graves como a AIDS, Hepatite B / C e HPV, pode se precaver quanto a uma gravidez não planejada.
Tendo a certeza de que professores são formados para multiplicar informações baseadas em conhecimento científico, ensinando o indivíduo a se firmar enquanto cidadão e ser plenamente capaz de exercer suas vontades, respeitando a si e aos demais, não encontro base para essa afirmação de que professores alfabetizadores ensinam sobre sexo, simplesmente devido ao fato de que a função do professor alfabetizador é alfabetizar.
Falar sobre saúde sexual, não tem como prioridade combater a homofobia. Contudo, ao falar sobre as diferentes manifestações de desejo sexual e afeto, pode beneficiar ao entendimento de que existe mais que uma maneira de se relacionar sexualmente. E isso ajuda a prevenir manifestações homofóbicas.
O entendimento de homofobia não se dá somente pela ação homicida de uma pessoa quando assassina um homossexual, mas também de uma pessoa que agride violentamente um homossexual; ou quando também se nega a prestar atendimento médico a um homossexual; ou também quando desampara um homossexual, que se encontra em situação de vulnerabilidade pela incapacidade de se sustentar financeiramente, devido a sua faixa etária; ou também quando se recusa a tratar com civilidade um homossexual. O entendimento de homofobia está em se negar a tratar com dignidade um indivíduo baseado na sua orientação sexual. E isso, com certeza, deve ser combatido devido ao fato de que, enquanto SER HUMANO, e fundamentado nas leis que regem a sociedade, o homossexual deve ter preservado seus direitos, como qualquer outra pessoa.
Enquanto ao “...sujeito que diz "não" (não entendi essas aspas para o não!)para o gay que se interessa por fazer sexo com ele!!!”, acredito que primeiramente, deve colocar em perspectiva que a ação a ser tomada numa situação como essa deve ser a mesma que tomaria, caso a abordagem fosse feita por uma mulher a qual não tenha interesse: dispensar de maneira educada. Se o posicionamento ocorrer de maneira respeitosa, não vejo onde há homofobia.

"Fascismo" é o ESTADO se imiscuindo no espaço individual para impor, pela lei, o que deve fazer, pensar ou se comportar o indivíduo PARA O BEM DA COLETIVIDADE!!! (A Operação Lava Jato demonstrou que por "coletividade" se deve entender os FASCISTAS DO PT-PMDB-PSDB-PP-PSOL-PCB e o PQP também...).
Primeiramente, precisa ficar claro que o Estado surgiu com a prerrogativa de garantir o bem-estar social de todos, perante as vontades individuais ou de um COLETIVO. Quando falamos de coletividade, estamos falando de um determinado grupo de pessoas, que tem por interesse garantirem suas vontades individuais. O Estado, enquanto entidade subjetiva, se faz representado por aqueles escolhidos pela sociedade na qual existe! Se a sociedade onde o Estado se estrutura escolhe seus representantes de maneira equivocada, não está no Estado o problema, e sim nas escolhas feitas sem uma boa fundamentação.

Para seu governo, leia "1984" de George Orwell e tome conhecimento do que significa "duplipensar" https://pt.wikipedia.org/wiki/Duplipensar  Se achar que é muita "ficção", então procure ler "O Nome Secreto", de Lin Yutang, que descreve como as palavras tiveram seus significados distorcidos durante a implantação do regime soviético stalinista.

O duplipensar, conceito inventado por George Orwell, assim como grande parte de sua obra, foi pensado com a intensão de questionar o pensamento totalitário, que nada mais é que a utilização dos instrumentos de que dispõe o Estado, afim de garantir a prática de ações individualistas como a supressão do pensamento ou submissão de outros grupos ou povos, a vontade de determinadas pessoas. E entendo que você use essa referência da obra do Lin Yutang, pois nos tempos atuais onde parece que as pessoas têm dificuldade de compreender algo simples como respeito e empatia, é compreensível que não seja fácil fazer uma análise simples de uma obra como “O nome secreto”, onde ele justamente fala de distorcer o sentido das palavras explicando que muitas vezes, buscasse interpretar algo da maneira mais complexa, quando esse algo é muito simples de se entender.

O que vocês, zumbis esquerdopatas, não sabem é o quanto vocês foram dementados por decrépitas como a Marilena Chauí e histéricas como a Márcia Tibure (ela "ama" o Lula e acha que todas as mulheres também o amam!!! KKKKKKKKKKKKK) ou a Marta Suplicy e quejandos, que espalham por aí que TODOS OS QUE NÃO APOIAM O LULA SÃO FASCISTAS...!!!
Gostaria de entender com base em quê, você afirma que Marilena Chauí é decrépita, e Márcia Tibure é histérica! Sem base para fazer essas afirmações, você está apenas reproduzindo um pensamento machista e misógino! Quanto a questão da Marta Suplicy, quais evidência você poderia apresentar sobre sua afirmação de que ela espalha por aí, que todos que apoiam o Lula são fascistas? Inclusive, penso que essa afirmação é bem contraditória aos fatos, visto que a citada hoje faz parte do principal partido opositor as políticas do PT e de Lula, que é o PMDB (MDB).

É inacreditável, mas "fascista" defender Estado Mínimo e armamento de defesa pessoal DO INDIVÍDUO é exatamente o inverso do que MUSSOLINI (ou HITLER ou STALIN) IMPÔS em seus países!!!
Aqui precisar ser salientado que não existem fontes reconhecidas em consenso, que atestem que o desarmamento dos cidadãos foi integrante das políticas instituídas, seja por Mussolini, por Hitler, ou por Stalin. O consenso é de que isso ocorreu por uma decisão estratégica, afim de controlar as massas. Quanto a defender o inverso de Estado mínimo, acredito que isso seja relativo, uma vez que para que a prática totalitária se consolidar, bastava apenas ter controle dos instrumentos de manipulação das massas, como a mídia, a religião e as forças armadas. Tendo controle desses instrumentos, o próprio representante totalitário se tornava o Estado.

Mas a Manuela D'Ávila, no Roda Viva, DEFENDE A CARTA DEL LAVORO FASCISTA que é a CLT https://alexandrechavesadv.jusbrasil.com.br/artigos/313510871/a-influencia-da-carta-del-lavoro-na-clt pois ACHA QUE É BOA PARA O TRABALHADOR BRASILEIRO...KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...
Nesse caso, precisa ficar claro que os conceitos por trás da Carta del Lavoro eram outros. Ela era apenas uma carta de intenções divulgada pelo governo em questão, que não tinha força de lei. A CLT veio a ser fundamentada numa necessidade da época, que era a de garantir aos trabalhadores uma segurança jurídica em relação seus direitos, enquanto prestadores de serviços, como paridade salarial em função de idade, sexo, nacionalidade ou de estado civil, salário mínimo, jornada máxima de oito horas, proibição de trabalho infantil abaixo de 14 anos, e noturno e insalubres abaixo de 16 e 18 anos, assistência médica e sanitária à gestante, e licença maternidade, sendo que vários destes benefícios já estavam regulamentados quando surgiu a CLT. Sendo que vários desses direitos já estavam incorporados à legislação brasileira quando a CLT foi consolidada, ou por decretos ou por leis conseguidas a partir das lutas do movimento sindical anterior a CLT, ou também através da Constituinte de 1934, por exemplo, Decreto nº 4.982, de dezembro de 1925 (férias), lei Lei nº 62 de 5 de julho de 1935 (indenização e outras disposições) e outras leis. Bem ao contrário do que diz na Carta del Lavoro que, entre outras coisas determinava que empresas privadas fossem constituídas em paridade sob o controle dos órgãos corporativos do Estado. E que os empregadores fossem obrigados a contratar funcionários para suas empresas, indicados pelo Estado. E o Estado tinha direito de escolher entre os membros de uma lista, que eles mesmos formulavam, com preferência àqueles que pertenciam ao Partido e aos sindicatos fascistas.
A CLT, como diz o próprio nome, foi mais uma consolidação de leis existentes e regulamentação de direitos constitucionais do que qualquer coisa, jamais uma cópia da lei fascista, pois a maioria dos direitos sociais já existiam, e até em termos de detalhamento das legislações a diferença é BRUTAL. Enquanto a CLT tinha 921 artigos, a Carta del Lavoro tinha apenas 30 e somente 11 deles aparecendo nas duas leis. Logo, se algo que tem 921 artigos sendo que 910 originais em relação a outra, jamais pode ser comparado/equiparado.
Comparar a CLT à Carta del Lavoro é uma manipulação ardilosa, capaz, inclusive, de enganar pessoas com conhecimento razoável sobre a história brasileira. Essa narrativa foi construída operando uma confusão proposital e, muitas vezes, imperceptível. A inspiração fascista esteve presente na legislação sindical, não na trabalhista. Essa inversão não é inocente. O objetivo é desqualificar as demandas sociais e reduzir o trabalhismo a um fascismo tropical.
Sendo assim, se a CLT não é cópia da Carta del Lavoro, não é fundamentada nela, e nem sua construção foi baseada nela, não tem como a Manuela D’Ávila defende-la! Já que ela defende aquilo que está previsto na CLT, e não na Carta Del Lavoro.

Cara, se você é confuso nas ideias, não culpe "os coxinhas" por isso, basta examinar sua caixa craniana e você vai ver que NÃO HÁ CÉREBRO DENTRO...!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Cabe aqui uma sugestão: Não fundamente suas afirmações na desqualificação daqueles com quem dialoga. Isso não torna seus argumentos melhores! Mas torna sua postura eticamente questionável.

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