Naturalização da violência

A violência está tão naturalizada no nosso cotidiano, que parece muito mais lógico orientar que a criança revide uma agressão, do que ensinar a como conter uma agressão.

Eu sou professor de escola pública de periferia, e o que me cabe dentro da lei, eu faço! Converso, explico, oriento e observo. Se o ocorrido se repete, eu convoco os pais para conversar e orientar. Para além disso, desenvolvo um trabalho preventivo, sempre colocando questões como a cultura da não-violência, ou a empatia e respeito ao próximo, em pauta. É um esforço diário, pois essas crianças vivenciam experiências das mais diversas, desde violência psicológica até agressões físicas das mais cruéis!

Sendo assim, construir uma realidade onde a violência não seja uma opção, se torna algo muito árduo! Se ensinarmos à todas as crianças, que a violência nunca é uma opção para se resolver conflitos, nenhuma delas cogitará o seu uso como uma solução para resolver desavenças, e assim estaremos erguendo a base para uma sociedade mais pacífica.

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