Ódio - O amor profundo

O oposto ao amor, não é o ódio. Como bem disse a filosofa Marcia Tiburi: "O ódio é o amor profundo"! Verdade seja dita, o oposto ao amor, na realidade é a inveja.

O ódio é, de fato, amor profundo, distinguindo-se apenas no caráter de intensidade. No amor comum, nutre-se apego afetivo sobre algo ou alguém, havendo a possibilidade de possuir um retorno satisfatório sobre esse desejo. Dado isso, nos casos onde o retorno não é satisfatório, assumi-se uma postura resignada.

Agora, nos casos onde o amor é tão intenso, que as raízes do desejo de posse com relação a fonte desse afeto, se tornam tão profundas, que a resposta negativa a essa expectativa, gera uma revolta que se transforma na rejeição desse amor profundo.

Já no caso da inveja, podemos a considerar o afeto oposto ao amor, devido ao seu caráter de aceitação a reposta negativa as suas expectativas quanto ao seu objeto de desejo. Sem buscar negar esse afeto, o invejoso abraça-o, e tenta conviver com a inviabilidade de possuir o algo ou alguém, e permanece nutrindo seu desejo, se conformando com o fato de que, possivelmente, nunca conseguirá aplacar a sensação de interesse por ter o que sabe que não será seu!

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